samedi 10 octobre 2009




Você tem dois centros.
Um centro com o qual você vem,
que lhe é dado pela própria existência.
Esse é o eu.
E o outro centro, que é criado pela sociedade – o ego.
Esse é algo falso – é um grande truque.
Por meio do ego a sociedade está controlando você.
Você tem que se comportar de uma certa maneira,
porque somente assim a sociedade irá apreciá-lo.
Você tem que caminhar de uma certa maneira;
você tem que rir de uma certa maneira;
você tem que seguir determinadas condutas,
uma moralidade, um código.
Somente assim a sociedade o apreciará,
e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado.
E quando o ego fica abalado,
você já não sabe onde está,
você já não sabe quem você é.
Os outros deram-lhe a idéia. E essa idéia é o ego.
Tente entende-lo o mais profundamente possível,
porque ele tem que ser jogado fora.
E a não ser que você o jogue fora,
nunca será capaz de alcançar o eu.
Por estar viciado no falso centro,
você não pode se mover,
e você não pode olhar para o eu.
E lembre-se: vai haver um período intermediário,
um intervalo, quando o ego estará se despedaçando,
quando você não saberá quem você é,
quando você não saberá para onde está indo;
quando todos os limites se dissolverão.
Você estará simplesmente confuso, um caos.
Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego.
Mas tem que ser assim.
Temos que passar através do caos
antes de atingir o centro verdadeiro.
E se você for ousado, o período será curto.
Se você for medroso e novamente cair no ego,
e novamente começar a ajeitá-lo,
então, o período pode ser muito, muito longo;
muitas vidas podem ser desperdiçadas…
Até mesmo o fato de ser infeliz
lhe dá a sensação de ´eu sou´.
Afastando-se do que é conhecido,
o medo toma conta;
você começa sentir medo da escuridão e do caos –
porque a sociedade conseguiu clarear
uma pequena parte de seu ser…
É o mesmo que penetrar numa floresta.
Você faz uma pequena clareira,
você limpa um pedaço de terra,
você faz um cercado,
você faz uma pequena cabana;
você faz um pequeno jardim,
um gramado, e você sente-se bem.
Além de sua cerca – a floresta, a selva.
Mas aqui dentro tudo está bem:
você planejou tudo.
Foi assim que aconteceu.
A sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciencia.
Ela limpou apenas uma pequena parte
completamente, e cercou-a.
Tudo está bem ali.
Todas as suas universidades estão fazendo isso.
Toda a cultura e todo o condicionamento
visam apenas limpar uma parte,
para que ali você possa se sentir em casa.
E então você passa a sentir medo.
Além da cerca existe perigo.
Além da cerca você é, tal como você é dentro da cerca –
e sua mente consciente é apenas uma parte,
um décimo de todo o seu ser.
Nove décimos estão aguardando no escuro.
E dentro desses nove décimos, em algum lugar,
o seu centro verdadeiro está oculto.

Precisamos ser ousados, corajosos.

Osho

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